segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A casa do Buda que os pariu

João Ubaldo Ribeiro escreveu “A Casa dos Budas Ditosos” e tenho cá para mim que detestou o resultado. Todavia, e porque se tinha comprometido escrever sobre “luxúria” para determinada publicação, inventou uma história pouco credível “de que um pacote com páginas dactilografadas lhe foi deixado à porta de casa, devidamente embrulhado, e que, por isso, até tinha decidido manter os erros e gralhas de escrita”. Hã hã… vergonha, ele teve vergonha de assumir a autoria desta história classificada pela editora brasileira como “pornô”.

Porno?? Vão-se catar. A história não é porno é uma porcaria, se calhar não queriam escrever “pornô”, mas “porcô”, se calhar…

E porque me parece que a história do “pacote deixado à porta de casa” do João Ubaldo Ribeiro não é credível?? Porque não é. Nenhum escritor autorizaria que se publicasse em seu nome uma história/romance/relato que ele mesmo não tenha escrito.

Tenho uma teoria (sou de teorias):

O JUR (João Ubaldo Ribeiro, duhh) gosta de foder tudo o que se mexa, tem o complexo de Édipo e sempre sonhou foder com a mãe, e quem come a mãe come as irmãs, tias, primas, e porque não irmãos tios e primos?
Assim colocou-se na pele de uma puta velha, que teve a sorte de nascer rica, e contou, em nome dela aquilo que ele fez, ou gostaria de fazer.

Não percebo o sururu à volta deste “relato”, não há ali nada de extraordinário, são 150 páginas em que a puta velha vai descrevendo as fodas que deu desde que se lembra de ter pensado nisso, tinha uns 13 anos, começou com o preto da fazenda, e depois foi por aí adiante.

Mas sempre preservando a sua imaculada virgindade para um potencial futuro marido (futuro candidato a corno), portanto a “mocinha” passou toda a sua adolescência e já depois de mulher adulta a “foder” (é mesmo entre aspas) com homens a virem-se nas suas coxas, porque penetração… isso nunca.

Ahhh e dizem vocês: "podia tomar no cu”, pois podia, pensei o mesmo, só que andou ali num rame-rame, a fazer render o peixe (e páginas) que nunca mais saía daquilo, até que uma amiga lhe ensinou como se fazia.

Bom, para os que não sabem vou fazer como a puta velha “e dar uma explicadinha”, usem muitoooooo lubrificante, e deixem a mulher mandar, vocês não metem nada, não se enervem, não tenham pressa, ela trata disso, é ela que vai “contra” vocês (convém que mantenham a erecção, digo eu), vocês ficam ali quietinhos que nem ratos de laboratório, boa? E se ela desistir, deixem-na desistir, tentam noutra altura. Ahhh mas contem que ela também pode querer experimentar o mesmo em vocês (dildos, já ouviram falar??) A técnica será a mesma, só que nesse caso é o homem que manda.

A puta velha não gosta nem se excita com zoofilia, há quem goste, diz ela, ela compreende tudo, mas eu não. Quem fode com animais devias cair-lhes a piça ao chão, de podre. O mesmo acontece a quem o faz com crianças. E antes da queda da piça deviam arrancar-lhes a pele e passa-los por sal grosso.

Mas acabo por concordar com uma coisa que o JUR escreveu (em nome da puta velha claro), os humanos não podem ser divididos em heterossexuais, homossexuais, transexuais, bissexuais… pois todos somos um pouco de todos, prevalecendo uma determinada parte em alguns. Nenhuma das opções me repugna, só vou para a cama com quem quero, portanto o que os outros fazem na cama deles, e com quem, é com eles.

Se me assumo como absolutamente heterossexual?? Pois… leiam o parágrafo anterior.


Mas (e aqui é mesmo citação do livro) “…quero que quem me ler fique com vontade de fazer sacanagem, pelo menos se masturbando”. Pois que não, não aconteceu nada disso, antes pelo contrário, fiquei mais para calote glaciar do que qualquer outra coisa, imaginar aquela velha de 66 anos ainda convencida que é uma gata fodilhona… menos, muito menos.

E o livro é só isso, fodem por trás, pelo frente, fazem broche, batem punhetas, participam em orgias, elas com elas, eles com eles, a três, a quatro, e de resto… nada de especial.

Vou voltar às minhas leituras com demónios, anjos, vampiros e zombies, são mais apelativas, até para a minha líbido.

21 comentários:

Anónimo disse...

Gustavo Carreira disse:

Este texto é uma ode ao masoquismo!

Felipe disse...

Não conhecia esse titulo

estarei acompanhando o blog

crucios disse...

Grande crítica! Gostei e ri bastante x)

Unknown disse...

Apesar do Ubaldo se achar muito engraçado, não vejo piada nele. Cheguei a ilustrar um texto dele para uma revista editada pela Secretaria de Turismo da Bahia. Não fedia nem cheirava.

Carlos Rocha disse...

Boa, Virgulina. Adorei o post de estreia. (Daqui por diante terei que ter o cuidado de não deixar o pc aberto nesta página. É só o que este casal me arranja... ;) )

Diabba disse...

Gustavo Carreira,
Não podes desenvolver?? ]:-)

Felipe,
Cá te esperamos. ]:-)

Crucios,
É esse o espírito, divertir, rir, e dizer o que nos apetece.

Jo Fevereiro,
Pelo que li, não me espanta nada essa descrição do JUR. Pouca imaginação, embora ache que tem muita.

Carlos Rocha,
Convém mesmo que não deixes o pc aberto nesta página, o Nuno põe aqui uma imagens vergonhosas. tss tss vou até ali benzer-me. ]:-)

Anónimo disse...

Eti Lico:

Gostei, sexo é bão e todo mundo gosta.

Geraldes Lino disse...

Cara Diabba, caro Nuno Amado

Admiro quem se atreve a, publicamente, expor-se em temas tão ingratos como são o erotismo e a pornografia, mesmo que um (uma)sob pseudónimo, mero "manto diáfano", visto que já é bastante conhecido, e até se sabe que exala perfume de enxofre, e o outro assinando com o seu próprio nome!

A blogosfera bedéfila, bem como a literária, ficaram valorizadas por este espaço inesperado e algo insólito, onde os palavrões e as palavras vernáculas (não confundir os conceitos: cornos e cabrão, por exemplo, são vernaculismos, porque existem enquanto vocábulos com sentido linear; enquanto que foder, caralho, cona, etc, são meros palavrões).

Sejam grosseiros palavrões, sejam puros vernaculismos, dá para perceber que o casal responsável por esta dupla abordagem, BD e Literatura, estão a pegar o touro pelos cornos, com firmeza e extrema coragem.

Chapéu!

Nuno Amado disse...

Eti Lico
Espero ver-te mais vezes por aqui!
Bem vindo
:)

Nuno Amado disse...

Geraldes Lino
Obrigado pelo elogio!
Era uma lacuna que achávamos que deveria ser ocupada, e era difícil falar de certos livros de BD no leituras de BD "normal", não querendo eu que esse blogue fosse considerado apenas para adultos. Assim os livros que poderiam ferir mais susceptibilidades passam a dormir nesta casa, assim como outros de literatura erótica, como o caso deste!
O LBD PoP PorN está classificado como blogue para adultos, portanto aqui ninguém cai sem querer...
:D

pco69 disse...

Tenho este livro para ler, mas após esta introdução, a sua prioridade de leitura desceu uns quantos graus :-)

Ainda bem que há agora um blog onde poderei falar abertamente sobre BD erótica e pornográfica :-)

Nuno Amado disse...

pco69
Para a Diabba o livro foi fraquito...
:D

Anónimo disse...

Gustavo Carreira diz:

Cara Diabba, tenho para mim que nem o objectivo crítico compensa levar até ao fim uma leitura tão pouco agradável.

Anónimo disse...

Longa vida a este espaço! Gostei dos textos!

Abraços. Fabiano Caldeira.

Nuno Amado disse...

Gustavo Carreira
LOL
:D

Fabiano Caldeira
Espero que venhas cá muitas vezes e comentes sempre que achares que deves!
;)

Diabba disse...

Gustavo Carreira,
para dar a minha opinião tenho de ler completamente o livro, ou corro o risco de, depois, virem com um "ahhh tu não leste tudo, o livro desenvolveu mais para o fim" e eu fico sem argumentos para discutir.
Não sou assim.
]:-)

refemdabd disse...

Não comentei, e não vou comentar! Especialmente porque quem o leu a obra não gostou. Eu também não vou ler a obra. Mas li o post e acho que o melhor desta obra (que eu não li, e não vou ler) será realmente este post. Não querendo ofender o Diabão, ou antes, que pense que o que vou escrever em seguida seja de alguma forma uma afronta a ele, mas sendo este um blog de erotismo e pornografia, decidi começar por cima, passando com ligeireza lá para muito baixo e acabando, em climax, bem lá no centro! hehehehe! Estive bem, confessem lá. Descalcei a botifarra com alguma classe, humm?!

Nuno Amado disse...

Refem
ehehehehe
Deixo a resposta para a Diabba...
:P

Diabba disse...

Refém
" passando com ligeireza lá para muito baixo"...
bom espero que essa passagem não tenha sido com a língua, porque o mais abaixo que me ocorre são os pés, e apesar de não ter nada contra, para teu bem espero que os tais pés estivessem lavados.

Taba a bere... grunfff

refemdabd disse...

Bem, os pés também, mas estava mais a pensar nas pernas, atrás dos joelhos. Lavado, por lavar, não interessa, a saliva trata disso...e uma injecção de penicilina também! :D Eu sou um bardajóla, confesso!

Diabba disse...

Seres bardajóla só te fica bem.
]:-D