domingo, 9 de junho de 2013

Submissão



Antes de mais nada vou falar sempre em submissão masculina porque me dá mais jeito na escrita, mas isto vale para ambos os sexos.

Posto isto, cá vai:

Tenho pensado o que leva os humanos à submissão perante outro.


Quando falo de submissão, não estou a falar de temor reverencial, de respeito por alguém mais velho, inteligente, etc., falo de submissão como entrega absoluta. Um “sou teu” que leva o submisso a permitir que a sua Dona – porque é disso que se trata, uma entrega tal que o submisso passa a ser propriedade daquela a quem se submete – faça dele o que bem entender.

Desenganem-se aqueles que pensam só existirem submissos sexuais, e que “ah e tal, só são submissos porque na verdade são masoquistas, e o que procuram é alguém que seja sádica e lhe proporcione o prazer da dor”, é mentira, a entrega consiste apenas no “dar prazer à Dona”, mesmo que a eles, submissos, não lhes traga nenhuma gratificação orgásmica, aliás nem a esperam, nem a procuram, apenas servem. O seu prazer está rigorosamente aí: servir.

Se os submissos gostam de sexo? Claro que gostam, mas não é a sua prioridade, a prioridade é a satisfação da Dona, e se a Dona os premiar com o direito a terem um orgasmo é porque realmente se portaram muito bem a fazer algo que lhes foi ordenado.

E o orgasmo não tem de, obrigatoriamente, ser conseguido com a Dona, pode ser apenas um prazer solitário, devidamente autorizado.


E o melhor prémio pode nem ser um orgasmo (leram a parte em que sexo não é fundamental para os submissos?). A autorização para beijar os pés da Dona pode ser tão satisfatório para um submisso como um orgasmo para um não submisso.

Há quem tenhas Donas fisicamente agressivas, há quem tenha Donas emocionalmente devastadoras, há quem tenha Donas que misturam tudo. O submisso nunca sabe como lhe correrá o dia, a noite, a semana, depende sempre da vontade da Dona.

Pode ter de usar trela, pode ter de usar sinais de propriedade, podem ter de dormir no chão, ao lado da cama da Dona, podem ter de se alimentar como se de um cão se trate, de quatro, e sem talheres.

O uso de brinquedos sexuais pela Dona no seu submisso é mais do que certo, e o submisso sabe disso, e obedece, sujeita-se, aceita. E se assim não for corre o risco de levar um correctivo físico.

Todavia não se pense que a Dona é um ser maléfico que está ali só para fazer mal àquele humano que lhe pertence. Acredito, firmemente, que há uma relação de paixão recíproca, e assim sendo nunca uma Dona fará mal, para além de determinados limites, ao seu escravo.

Mas como saber quais são os limites, quer da Dona, quer do escravo?



É algo que deve ficar muito claro desde o início, e as regras estipuladas devem ser respeitadas por ambos. As regras são muito importantes neste género de relação, sem elas a relação corre o risco de ser curta e, quiçá, perigosa.

Deve existir uma palavra de segurança que o escravo possa usar quando a Dona se excede no jogo, sim a relação Domme/sub é um jogo, e há quem saiba jogá-lo, e quem não saiba, e se não sabem não joguem.

Respeito mútuo é fundamental.

E desde o início deve existir um regra basilar:

O escravo tem uma única liberdade – um dia pode dizer à Dona “a partir de hoje sou livre, não volto”, e aí é a Dona que se submete à vontade deste, e deve deixá-lo partir sem questões.

E por aí, há muitos sonhadores com a submissão?

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Leitura ao Vivo: Convent of Hell (Parte IV)



Depois de um interregno por falta de tempo dos responsáveis deste santo e imaculado blogue, eis que vamos parar outra vez ao Convento do Inferno!

Hoje temos uma cena muito Hentai... (ehehehehheh)

Se quiserem começar a ler desde o princípio têm os links das partes anteriores no final do post.
;)



































Podem ver as outras três partes aqui:

Leitura ao Vivo: Convent of Hell (Parte I)

Leitura ao Vivo: Convent of Hell (Parte II)

Leitura ao Vivo: Convent of Hell (Parte III)

Para vossa alegria, brevemente mais seis páginas!
:D

Divirtam-se!

terça-feira, 4 de junho de 2013

O Clic 2



O sucesso do livro “O Clic” fez com que Milo Manara voltasse a esta série. Assim voltamos à verdadeiramente sexy Claudia Cristiani (um nome verdadeiramente cristão…) e à famigerada (ou não) caixinha vermelha.


Manara graficamente tem aqui mais um trabalho exemplar. A riqueza dos segundos planos, os corpos femininos… tudo em grande!
Tem aqui o seu registo de construção de página típico. Seis vinhetas por página, ocasionalmente cinco, com rédea larga para todas as suas loucuras.

De notar o trabalho gráfico de Manara nas últimas oito páginas... é simplesmente fabuloso! Estas páginas chamam logo à atenção por terem uma construção diferente daquela que fiz notar atrás. Apenas duas vinhetas por página, e vale a pena ver!

Essencialmente este é um livro de puro voyerismo. Não existe nunca penetração com o órgão sexual masculino! Temos submissão feminina, masturbação, um pouco de fellatio e penetração com dedos.
Mas o leitor menos atento nem repara neste pormenor que é tudo! As cenas que Manara prepara são cheias de momentos excitantes, muitas vezes com vários fetiches, e nem é preciso a penetração, pura e dura, para estimular o leitor.

O fetiche de Manara por relações anais é por um lado refreado pela falta de penetração fálica, usando-se os dedos sempre, por outro lado aborda o fisting anal pela primeira vez.


Claudia continua a vida após os eventos anteriores de pura loucura sexual. A caixinha vermelha tinha sido perdida na estância de férias de Inverno e o seu marido tinha ido à loucura…
O seu tio arranjou-lhe trabalho como jornalista ecológica numa estação de televisão nos EUA, portanto tudo corria bem!

Até que um jovem com aparência de James Dean faz a sua aparição com a sua caixinha…
Porquê? Como? Quando?
Estas perguntas são respondidas no livro… digamos que é uma vingança de alguém do seu passado!

A história é divertida como no primeiro volume, simples, eficaz e vai de encontro aquilo que o leitor quer encontrar num livro de Manara. Desenhos fabulosos, cores fantásticas, com a representação do corpo feminino próximo da perfeição.
Claro… o humor de Manara é muito próprio, e está sempre presente!

Brevemente o completamente lúbrico "Clic 3" neste blogue, que agora irá ter mais movimento. Já tenho um pouco mais de tempo para ele, felizmente!




Podem ver a crítica ao primeiro volume da série no link em baixo:
O Clic

Divirtam-se!

Hardcover
Publicado pela Meribérica em 2004
Autor: Milo Manara